Golpes de falsas vagas de emprego são cada vez mais comuns; saiba como evitar

Suspeitar de oportunidades de emprego boas demais para serem verdade é a principal maneira de se proteger.

Golpes de falsas vagas de emprego custam aos trabalhadores dos Estados Unidos cerca de US$ 2 bilhões em perdas diretas a cada ano, segundo a ONG norte-americana Better Business Bureau. 

No primeiro trimestre do ano passado, cerca de 14 milhões de norte-americanos foram expostos a golpes relacionados ao trabalho. A Federal Trade Commission relata que candidatos a emprego desavisados ​​perderam US$ 68 milhões por causa de contratos de emprego fraudulentos.

No Brasil, os dados apontam para cerca de 4 mil golpes desse tipo a cada dia. 

O problema aumenta em momentos de crise econômica, quando muita gente fica vulnerável ​​a anúncios de empregos que, na verdade, acabam tirando dinheiro dessas pessoas em busca de um novo emprego.

Assim, é importante desconfiar de ofertas boas demais para ser verdade, bem como ficar atento aos anúncios de emprego que oferecem oportunidades de altos salários que não exigem muito ou prometem altos ganhos com poucas horas de dedicação. 

De maneira geral, os golpistas pedem informações pessoais, como número de CPF e conta bancária e acabam usando esses dados ou pedem pagamento para liberar informações que não levam a lugar algum. Saiba como se prevenir.

Sinais de alerta para falsas vagas de emprego

Caso receba uma oferta que pareça boa demais para ser verdade, é interessante ficar atento. Ninguém vai dar dinheiro de graça sem uma pegadinha. Assim, observe:

  • O incrível e maravilhoso pedido de entrevista vem do que parece ser uma empresa de ponta, mas tem apenas um endereço de e-mail básico (sem o nome da empresa no endereço, por exemplo);
  • O candidato é solicitado a fornecer seus dados pessoais durante a contratação, incluindo seu CPF e dados bancários;
  • O recrutador tenta convencer a pagar uma taxa de inscrição ou treinamento profissional antes de iniciar;
  • Eles possivelmente não vão compartilhar o nome e a remuneração da empresa até que o candidato forneça suas informações pessoais;
  • O emprego é oferecido muito rapidamente e o candidato nunca conheceu ou viu o entrevistador e nem foi a um escritório;
  • O único contato é pelas redes sociais;
  • O site de oferta parece ter sido construído às pressas e tem erros, a descrição do trabalho é vaga e não há nenhum contato direto para falar diretamente.

Home office fez golpes aumentarem

Os golpistas dizem que o candidato pode trabalhar remotamente e ter uma vida fantástica. Essa oportunidade única custa apenas uma taxa inicial para começar. Depois que o pix for feito, nunca mais terá notícias deles.

Assim, vale ficar atento a essas vagas que incluem o envio de produtos para revenda. Outra dica é quando dizem: “por um investimento de baixo custo, você também pode ser seu próprio chefe.” 

O problema é que essas ofertas exigem que a pessoa pague antecipadamente por treinamento ou certificações. Então, antes que perceba, vem uma cobrança em seu cartão de crédito sem sua permissão. 

Os golpes de entrevista envolvem ainda uma oferta de emprego por e-mail, supostamente de um empregador, recrutador ou quadro de empregos. 

Os golpistas se fazem passar por serviços de colocação de empregos, como agências de recrutamento, headhunters e outras empresas de colocação. É possível encontrar essas coisas acontecendo em plataformas de mídia social.

Como evitar ser enganado

Candidate-se apenas a anúncios de emprego em sites respeitáveis e busque referências e comentários sobre a empresa na plataforma LinkedIn ou sites de transparência corporativa como o  Glassdoor. 

Além disso, é importante ter cuidado com empregos que oferecem muito dinheiro sem precisar de muita experiência relevante. Os recrutadores sérios nunca pedem dinheiro aos candidatos a emprego, a não ser que esteja pagando uma empresa de recolocação.

As empresas contratam headhunters e os remuneram por meio de um contrato de colocação, que normalmente é uma porcentagem definida do salário base anual do candidato. Com tantos sites de empregos e portais de carreiras online, não há razão para alguém cobrar uma taxa alta pelo acesso às listas de empregos.

Depois de receber uma oferta de emprego por escrito de uma empresa respeitável, reunir-se com as pessoas da empresa, realizar toda a sua devida diligência e os recursos humanos concluírem uma verificação de antecedentes, só então poderá fornecer seus dados pessoais, como seu CPF.

Fonte: Forbes 

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