Confiança dos pequenos negócios melhora pelo terceiro mês seguido

Levantamento do Sebrae aponta alta de 4,7 pontos na passagem de março para abril. Nessa comparação, apenas Comércio registrou queda

*com informações da Agência Sebrae

A confiança dos micro e pequenos empresários avançou 4,7 pontos em abril, na terceira alta consecutiva do indicador no ano, segundo levantamento produzido pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

O Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) mostra que a melhora na situação atual dos negócios impulsionou o otimismo dos empreendedores. De acordo com o Sebrae, o aumento da demanda explica a melhora da percepção a respeito do cenário atual.

“O cenário macroeconômico ainda exige atenção. Existem incertezas no curto prazo, escassez de insumos, que podem piorar com o problema geopolítico entre a Rússia e a Ucrânia, alta da taxa de juros e inflação, componentes que reduzem poder de compra da população e limitam o crescimento e desenvolvimento das MPE”, pondera Carlos Meles, presidente do Sebrae.

POR SETOR

O setor de Serviços foi o que puxou a elevação do IC-MPE em abril, acrescendo 6,9 pontos, seguido pela Indústria de Transformação (4,3 pontos).

Ao contrário dos demais setores, a confiança das MPE do Comércio caiu 1,2 ponto, influenciada por uma piora das expectativas em relação aos próximos meses devido, sobretudo, à diminuição do consumo das famílias.

Segundo o Sebrae, o cenário de inflação e juros elevados freia o consumo.

CRÉDITO

Os resultados do indicador de crédito em médias móveis trimestrais mostram que os setores de Serviços e Comércio sinalizam uma piora das condições para se obter crédito nos últimos meses. O único setor que está em tendência crescente é o da Indústria de Transformação, que fechou o trimestre no azul.

Segundo o Sebrae, a captação de crédito das micro e pequenas empresas junto aos bancos já era bastante rigorosa, mas tornou-se ainda mais desafiadora na pandemia – com a redução de demanda, muitas empresas reduziram drasticamente suas reservas e o risco de inadimplência se elevou, o que levou muitas delas a fecharem suas portas.

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