O segundo semestre do ano tem duas datas muito importantes para o comércio: a Black Friday e o Natal. Com a pandemia e o isolamento social, contudo, os empreendedores devem estar preparados para os novos hábitos dos consumidores.
Em entrevista ao portal Inc., Jack Kleinhenz, economista-chefe da associação comercial norte-americana National Retail Federation, apontou quatro tendências para a temporada de compras de fim de ano. Veja a seguir:
1. Visita otimizada
Uma das novas necessidades no contexto de pandemia é adaptar o layout da loja para visitas rápidas. É preciso estar pronto para os novos hábitos de compra dos consumidores.
As lojas físicas, segundo Kleinhenz, precisam convencer os compradores de que é seguro entrar. Assim, os funcionários devem estar prontos para direcionar rapidamente os clientes para a área certa do estabelecimento.
2. Ajuda extra
Se você pretende contratar funcionários para apoiar a operação do sistema de retirada ou delivery, faça isso cedo: a competição por esse tipo de profissional pode ser grande.
Na perspectiva dos EUA, segundo Kleinhenz, o aumento nas contratações pode ser tão significativo que afetará as estatísticas de emprego temporário no quarto trimestre.
3. Mais itens domésticos, menos festas
O economista-chefe acredita que a tendência é que as pessoas comprem produtos que se alinhem ao estilo de vida em tempos de isolamento social. Ele prevê um grande aumento na categoria de entretenimento doméstico, como iPads e laptops, e em presentes que refletem a rotina de ficar em casa.
Se as pessoas não puderem se reunir para grandes refeições, a tendência é que o gasto com comida diminua. Com menos dinheiro sendo gasto em refeições sofisticadas e viagens, segundo ele, as pessoas podem acabar gastando mais com presentes.
4. Mais devoluções
Kleinhenz recomenda que lojistas se preparem para receber mais devoluções do que de costume. Sem poder ir à loja para provar ou ver o produto pessoalmente, segundo ele, clientes tenderão a comprar mais do que precisam e devolver alguns dos itens. Ele lembra, ainda, que será preciso pensar em processos adicionais de higienização para lidar com os retornos.
Mesmo com padrões de consumo diferentes, o economista-chefe acredita é possível esperar por clientes dispostos a gastar. Caberá às empresas, porém, encontrá-los onde eles estiverem.