Golpe do boleto falso: sete dicas para não cair em armadilhas

O golpe do boleto falso vem se tornando cada vez mais comum no Brasil. De janeiro a setembro de 2019 foram 4.417 queixas do tipo no site Reclame Aqui, um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado — nessa época do ano, o volume de reclamações acumulado era de 3.106. A prática envolve a falsificação de cobranças para fazer com que o pagamento vá para a conta bancária do golpista. São vários truques para atrair a vítima, que vão desde a manipulação do código de barras do documento até a criação de páginas falsas que oferecem o download da fatura forjada. Veja, a seguir, sete dicas para não ser enganado na hora do pagamento.

LEIA: Golpe com boleto bancário falso engana brasileiros e tira dinheiro de vítima; evite

Confira riscos de boleto bancário na Internet — Foto: Reprodução/Kaspersky
Confira riscos de boleto bancário na Internet — Foto: Reprodução/Kaspersky

Confira riscos de boleto bancário na Internet — Foto: Reprodução/Kaspersky

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1. Cheque os dados do boleto

Boletos falsos trazem algumas características que podem ser facilmente checadas pelo usuário. Veja se os dígitos finais representam o valor do boleto: se são diferentes, é possível que seja golpe. Caso seja uma cobrança recorrente, como a fatura da TV a cabo ou da escola dos filhos que costume vir com valor fixo, suspeite se houver alguma variação inesperada. Confirme também seus dados pessoais, como CPF, e busque por erros de português e de formatação.

Verifique ainda se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Um boleto do Banco do Brasil sempre começará com 001, do Bradesco com 237, da Caixa Econômica Federal com 104, do Itaú com 341 e do Santander com 033. Os números bancários podem ser checados no site da Febraban (https://www.febraban.org.br/associados/utilitarios/bancos.asp).

Para identificar um boleto verdadeiro, é importante se atentar aos números do código de barra  — Foto: Reprodução/ Carolina Lais
Para identificar um boleto verdadeiro, é importante se atentar aos números do código de barra  — Foto: Reprodução/ Carolina Lais

Para identificar um boleto verdadeiro, é importante se atentar aos números do código de barra — Foto: Reprodução/ Carolina Lais

2. Verifique a origem do vendedor

Se o boleto é emitido por uma loja, pesquise a reputação da empresa no Reclame Aqui para se certificar de que ela de fato existe. Aproveite para buscar o CNPJ no boleto e cheque se ele é real por meio de uma consulta no aplicativo da Receita para smartphone. É importante também evitar lojistas que fazem parte da lista negra do Procon.

Em caso de compras online, opte sempre que possível por outros meios de pagamentos que não envolvam boleto. Plataformas como Mercado PagoPagSeguro e demais meios digitais oferecem mais segurança quando atuam como intermediárias e podem ser acionadas se algo der errado na transação.

3. Prefira a leitura automática do código de barras

Em qualquer boleto, prefira sempre ler o código de barras pela câmera do celular ou no caixa eletrônico. Em geral, boletos com linha digitável adulterada não trazem código de barras compatível e precisam forçar a vítima a digitar a sequência manualmente para completar o golpe. Um documento com barras ilegíveis, portanto, tem maiores chances de ser fraudulento.

Prefira sempre ler o código de barras a digitar manualmente — Foto: Reprodução/Helito Beggiora
Prefira sempre ler o código de barras a digitar manualmente — Foto: Reprodução/Helito Beggiora

Prefira sempre ler o código de barras a digitar manualmente — Foto: Reprodução/Helito Beggiora

4. Baixe o boleto no site do credor

Sempre que possível, é importante baixar boletos diretamente no site do banco ou da empresa que está fazendo a cobrança. Duvide sempre de boletos que chegam por e-mail, especialmente quando a mensagem traz um assunto como “Urgente” ou “Seu nome está no Serasa”. Uma boa maneira de driblar esse tipo de problema é usando um serviço de e-mail com bom sistema de anti spam, como o Gmail. O mesmo vale para faturas que chegam via WhatsApp.

Em golpes mais sofisticados, um boleto falso pode até mesmos ser enviado para a casa da vítima. Nessa modalidade, o documento pode vir com visual idêntico ao original, incluindo envelope com carimbo e remetente real.

5. Certifique-se de que o site é seguro e evite Wi-Fi público

Ao fazer download do boleto no site do credor, certifique-se de que está acessando a página verdadeira e de que o endereço começa por HTTPS. Páginas seguras trazem o selo do certificado SSL que assegura contra invasões e garante maior confiabilidade para o documento que está sendo baixado.

Evite também se conectar em redes públicas, que são mais suscetíveis a ataques no roteador capazes de falsificar páginas visitadas. Em golpes mais avançados, o criminoso pode interceptar o acesso e alterar um boleto aparentemente baixado do site oficial do banco. Por isso, opte sempre por fazer o download em uma rede segura e com senha, ou pela Internet móvel do celular.

Cadeado verde acompanhado da sigla "https" indica site encriptado — Foto: Reprodução/Shutterstock
Cadeado verde acompanhado da sigla "https" indica site encriptado — Foto: Reprodução/Shutterstock

Cadeado verde acompanhado da sigla “https” indica site encriptado — Foto: Reprodução/Shutterstock

6. Evite instalar extensões suspeitas no navegador

Extensões fraudulentas instaladas no navegador podem abrir espaço para ataques. Em geral, esse tipo de plugin promete alguma função divertida e inocente, mas fica à espreita esperando que o usuário acesse o site do banco. Além de colocar sua conta bancária em risco, esse tipo de programa malicioso pode interferir na geração do boleto e alterar o código no momento do download.

7. Cuidado com o vírus do boleto

Assim como a extensão maliciosa, um malware chamado de Bolware pode estar instalado no próprio computador do usuário. Quando o PC está infectado com esse vírus, boletos gerados na Internet podem ter o código de barras alterado para que o pagamento seja redirecionado ao criminoso. Ou seja, se o usuário não checar o documento e pagar, o valor cai na conta do hacker.

Felizmente, o malware pode ser combatido pela maioria dos antivírus gratuitos. Baixe um bom software de segurança e faça varreduras periódicas para se assegurar de que não há infecção na máquina. Lembre-se também de não usar computadores de acesso público — afinal, não há como garantir que o sistema está livre de ameaças.

Fonte: TECHTUDO

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