1º de setembro foi uma data atípica para os alunos da EE Dr. Euphly Jalles; a escola recebeu os estudantes do 6º semestre de Biomedicina do Centro Universitário de Jales, que palestraram sobre a doença que tomou força nos principais veículos de comunicação e redes sociais nos últimos meses. Sob a orientação e condução da Profa. Ma. Nayara Gomes Felix Barbosa, os futuros biomédicos explicaram as causas e efeitos da monkeypox, assim como a prevenção para que não haja uma possível contaminação aos presentes.
Sintomas da doença
A patologia pode ser confundida inicialmente com uma gripe, já que os sintomas são dores de cabeça, febre, dores no corpo e exaustão, por exemplo. Após os três primeiros dias, há o aparecimento de lesões na pele, resultando nos cinco estágios característicos da monkeypox, tais como: mácula, pápulas, vesículas, pústulas e crostas. É justamente no contato com estas feridas e suas secreções que pode ocorrer a transmissão da doença.
Como se prevenir?
A higienização das mãos é extremamente indispensável e pode ser feita com desinfetantes próprios para à base de álcool. Outro fator que previne outras patologias advindas de protozoários e vírus além do monkeypox é optar por ingerir carne cozida e evitar se alimentar de carnes cruas.
Não se aproxime de animais selvagens e/ou doentes e não compartilhe itens de higiene pessoal nem roupas de cama, toalhas, guardanapos com pessoas que apresentem algum dos sintomas citados acima.
Informações trouxeram medo para a população
Após as rotinas estarem voltando ao normal, depois de dois anos de restrições para evitar o contágio do Sars-Cov-2, os casos de varíola alarmaram a população, e diversas denúncias de maus tratos aos macacos foram relatadas. A questão é que eles são tão vítimas quanto os humanos. A sociedade Brasileira de Primatologia emitiu um comunicado alertando as pessoas para que não praticassem nenhuma violência contra os animais. O alerta inclusive foi publicado antes do primeiro caso surgir no Brasil, em julho deste ano.
Mesmo com a popularização do termo “varíola dos macacos”, já que a detecção inicial do vírus veio destes animais exportados do continente africano, os roedores também podem conceber a doença, de acordo com o Instituto Butantan.
“Estamos observando o crescimento das zoonoses e o consequente aumento dos riscos de novas pandemias. Esses fatos mostram a necessidade do debate sobre como a ação humana está causando prejuízos não somente à saúde animal e ambiental, mas também para a própria saúde da população humana”, relatou a coordenadora de Biomedicina e Farmácia do UNIJALES, Profa. Ma. Kelys Cristina Ramos.
A docente pontuou ainda que, diante de um novo desafio para a saúde pública, o momento é de extrema importância para conscientização e entender de forma clara os pontos cruciais para um bom enfrentamento e controle da doença zoonótica viral. “Precisamos estimular espaços de reflexão com uma abordagem multidisciplinar para que possamos enfrentar os desafios globais da saúde pública”.
A visita aos alunos da EE Dr. Euphly Jalles faz parte do projeto interdisciplinar dos estudantes do 6° semestre de Biomedicina.