Você conhece os golpes do PIX?

Golpistas também estão aproveitando o sucesso do PIX. E criando inúmeros tipos de golpes para enganar o cidadão. Alguns são adaptações de antigas armadilhas. E usam muito o WhatsApp e outras redes sociais para furtarem as pessoas.

O PIX ganhou a adesão dos brasileiros. Dados da Febraban (pela Federação Brasileira de Bancos Brasileiros) mostra que este meio de pagamento já é usado por cerca de 71% da população brasileira e aprovado por 85% das pessoas. Entre os mais jovens (18 a 24 anos), no entanto, a satisfação é unânime: chega a 99%. Já são aproximadamente 400 milhões de chaves registradas, conforme o Banco Central.

Golpistas também estão aproveitando o sucesso do PIX. E criando inúmeros tipos de golpes para enganar o cidadão. Alguns são adaptações de antigas armadilhas. E usam muito o WhatsApp e outras redes sociais para furtarem as pessoas.

Vamos conhecer abaixo alguns desses golpes e como eles são aplicados. Isso te ajudará a evitar perder dinheiro.

WhatsApp clonado

Um dos mais comuns é a clonagem do WhatsApp. Uma vez clonado, o golpista tem acesso à lista de contatos da vítima e envia mensagens a eles pedindo transferência de dinheiro via PIX. Isso depois de ter criado nova conta ao ter acesso à foto do perfil.

Uma das formas de clonagem do WhatsApp é espelhar o app em outro dispositivo, geralmente utilizando o WhatsApp Web. Esse método geralmente envolve apps e programas de terceiros que replicam o conteúdo de um celular para outro pela internet.

Roubo da conta WhatsApp

Tem sido comum o golpista roubar a conta do WhatsApp. Isso ocorre quando o verdadeiro dono da conta envia, por engano, o código de verificação do aplicativo para terceiros após uma abordagem mal-intencionada.

O passo seguinte do golpista é habilitar a sua conta do WhatsApp em outro celular e passar a interagir via mensagens com os seus contatos. Então, solicita a eles a transferência de dinheiro via PIX.

Como evitar clonagem e roubo do WhatsApp

O WhatsApp tem alguns recursos que ajudam a diminuir as chances de alguém ter acesso às suas informações de maneira indevida. Uma opção é restringir sua foto de perfil só para seus contatos. Isso irá impedir que um desconhecido inicie uma conversa com você apenas para conseguir sua foto de perfil.

Pense também na possibilidade de restringir quem pode ver sua foto em outras redes sociais. Para tanto:

  • Abra o menu do WhatsApp (o ícone de três pontinhos na tela inicial);
  • Clique em Configurações;
  • Selecione a opção Conta;
  • Acesse Privacidade;
  • Clique em Foto de Perfil e, em seguida, escolha Meus Contatos.

Outra possibilidade para se proteger do roubo de conta WhatsApp é colocar uma senha no aplicativo. A confirmação em duas etapas, como é chamada, permite cadastrar um código PIN que será pedido pelo app quando houver a tentativa de habilitar sua conta em outro celular. Veja como ativar uma senha no WhatsApp:

  • Acesse o menu do WhatsApp;
  • Selecione Configurações;
    Clique em Conta;
  • Acesse Confirmação em duas etapas;
  • Clique em Ativar;
  • Siga as orientações do WhatsApp e insira uma senha de 6 dígitos e seu e-mail.

Páginas e arquivos falsos

Uma outra fraude usando o PIX é a criação de páginas falsas para te enganar. Geralmente, criam páginas falsas de grandes redes ou de empresa que não existe colocando chamariz como preços espetaculares.

Assim, te direcionam para sites falso e, neles, roubam seus dados bancários. Depois acessam sua conta bancária e transferem o seu dinheiro via PIX para a conta dos golpistas.

Há casos, no entanto de envio de arquivos por e-mail, WhatsApp ou outras redes sociais. Ao serem baixados no celular, o dispositivo permite acesso às informações pessoais e bancárias do usuário. Daí, é só transferir seu dinheiro para os golpistas via PIX.

Falsa central de atendimento

A falsa central de atendimento é outro tipo de golpe utilizando o PIX. Os fraudadores entram em contato com as vítimas via WhatsApp ou telefone e se identificam como funcionários de bancos ou outras instituições.

Solicita, então, informações da conta bancária e senhas. De posse dos dados, conseguem acessar a conta e movimentar os recursos disponíveis via PIX.

Como se proteger de golpes do PIX

Veja algumas dicas para proteger o seu dinheiro:

  • Nunca clique em links ou arquivos recebidos em e-mail, WhatsApp, SMS ou outras redes sociais;
  • Sempre confira o remetente das mensagens de e-mail e, se for colocado o nome de alguma empresa, entre em contato com a Central de Atendimento dela para verificar se a informação é verdadeira;
  • O cadastro das chaves PIX é realizado apenas pelo aplicativo ou Internet Banking do seu banco;
  • Nunca compartilhe com ninguém senhas ou códigos de verificação dos aplicativos bancários nem de suas redes sociais;
  • Ative a verificação em duas etapas do WhatsApp e nunca forneça o código para terceiros;
  • Se receber um pedido de empréstimo de amigos ou parentes, entre em contato com a pessoa para confirmar se foi ela quem solicitou, uma vez que o WhatsApp pode ter sido falsificado ou clonado;
  • Bancos e outras instituições não aceitam cadastros do PIX via ligações telefônicas ou contatos pelo WhatsApp. 

Consigo recuperar dinheiro de golpe do PIX?

Em novembro passado foi implementado pelo Banco Central o “Mecanismo Especial de Devolução”. Por meio dele, é possível recuperar o dinheiro de golpe do PIX. Contudo, é preciso realizar alguns procedimentos.

Ao perceber que foi vítima de uma operação via PIX, você deve registrar Boletim de Ocorrência e apresentar à polícia todas as informações que conseguir levantar que possam ser utilizadas como prova, como dados do recebedor e troca de mensagens, por exemplo.

Em seguida, notificar o banco via SAC. A instituição, por sua vez, pode solicitar a chave PIX, número da agência e conta, nome do beneficiário e a ID da transação, que se trata de um código que aparece no final do comprovante da transação. Mas, certifique-se de que você está passando os dados para a instituição;

A instituição bancária do pagador, então, deverá notificar o banco do recebedor, para que seja aplicado o bloqueio cautelar. 

O bloqueio do dinheiro pode se estender até sete dias, para análise apurada e assim comprovar se houve fraude ou não. Se for comprovada, deverá ser aplicada a Medida Especial de Devolução. Isto é, a instituição do fraudador deverá estornar os valores para a instituição do pagador. 

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