Ampliando cada vez mais seus recursos dedicados à monetização, o Instagram tem investido em novas ferramentas aos usuários. Nos últimos dias de 2021, Adam Mosseri, CEO da rede social, anunciou que a plataforma será guiada por quatro prioridades ao longo do ano: vídeo, monetização de conteúdo, mensagens e transparência.
De forma resumida, o executivo revelou que a empresa irá investir em melhorias no compartilhamento de vídeos, principalmente no que diz respeito aos Reels – ferramenta que permite aos usuários levar vídeos em formato mais longo para o feed principal.
Além disso, Mosseri destacou que os criadores de conteúdo devem ganhar novos recursos para monetizar seu conteúdo na rede. Quem acompanha e utiliza as novidades liberadas pela plataforma sabe que dá para fazer dinheiro utilizando a audiência gerada em cada perfil.
Mas para usar todo o potencial da plataforma, é preciso ficar atento às atualizações e com as possibilidades de postagem que mudam de acordo com as escolhas de cada perfil. Saber quem são seus seguidores, focar na área de atuação do seu negócio e o tipo de conteúdo criado são caminhos que ajudam a agir de forma estratégia.
Em 2021, a rede social fez uma série de testes como novos tipos de feed (não organizados por tempo cronológico), aumentou o limite de tempo dos vídeos nos stories e anunciou melhorias no Reels.
Neste ano de 2022, mais novidades chegam para melhorar essa interação, como a promessa da liberação de um novo serviço na plataforma, o de assinaturas.
REQUISITOS
Embora o Instagram tenha anunciado algumas mudanças no último ano, como, por exemplo, a possibilidade de inserir link para qualquer tipo de perfil, independentemente do número de seguidores, ainda há uma série de requisitos a serem cumpridos para a monetização.
– A conta deve ser pública e ativa.
– O perfil deve estar cadastrado como comercial ou de criador de conteúdo.
– Ter no mínimo 10 mil seguidores.
– Ter pelo menos 1 mil interações (curtidas ou comentários) nos últimos 60 dias, ou 100 horas de visualizações em conteúdos originais.
– Não ter histórico de penalidades pelo uso indevido do Instagram.
– Estar com o perfil selecionado para usar as funções de monetização.
FORMAS DE MONETIZAR
1- Lives com selos: a forma mais famosa de monetização por meio das lives acontece com a distribuição/venda de selos. Essa forma garante aos seguidores o privilégio de ter seus comentários em destaque na live em questão. Dessa forma, os seguidores têm a oportunidade de doar valores ao perfil escolhido e, com base nisso, recebem selos de apoiadores. O pagamento é realizado em dólar por meio do Google Pay ou Apple Pay.
Muitos perfis começaram a oferecer algum tipo de conteúdo específico em formato de live permitindo acesso somente aos seguidores que comprarem esses selos. A criação de um grupo chamado de “best friends” permite que esse conteúdo seja direcionado somente para seguidores escolhidos.
2 – Anúncios em vídeos: uma forma de monetização bem parecida com a do YouTube. Nesse formato, produtores de conteúdo ganham pelos anúncios que são exibidos antes, durante ou depois do seu vídeo. A diferença é que, no caso do Instagram, os anúncios surgem antes dos vídeos publicados no IGTV, após a visualização de uma prévia no feed.
Já disponível nos Estados Unidos, a função deve chegar ao Brasil nos próximos meses. Segundo o Instagram, os anúncios devem ser em formato de vídeos de até 15 segundos.
Em sua apresentação, o CEO do Instagram indicou que a ativação da opção de conteúdo patrocinado acontecerá de duas formas: por transferência bancária e via PayPal.
Conteúdos originais têm maior relevância dentro da plataforma e, portanto, nem todos os vídeos estarão aptos à monetização. É necessário que as postagens sejam inéditas e originais. Ou seja, após a ativação dessa opção não serão considerados vídeos antigos e compartilhados anteriormente.
3 – Afiliação: esse formato está liberado para influenciadores digitais e criadores de conteúdo que tenham acima de dez mil seguidores, ou para perfis de contas comerciais que podem “taguear” em suas publicações produtos afiliados de outras marcas.
Isso significa que contas de pessoas físicas podem divulgar produtos em cima de seus posts e que empresas podem negociar esse tipo de postagem com seus parceiros influenciadores.
Cada vez que um seguidor clica nesse produto e fecha uma compra por meio do aplicativo do Instagram, a conta que encaminhou essa transação ganha uma comissão de vendas por ter divulgado e repassado determinado produto para seus seguidores num movimento de afiliação.
Como todo processo do Instagram, é preciso que a marca autorize a utilização de produtos nessas postagens. Ou seja, esse “tagueamento” não está disponível para todos os usuários e depende, necessariamente, de uma aprovação da marca.
4 – Bônus do Reels ou Reels Play: trata-se de um bônus dado por performance e é necessário ativar essa função de publicar o conteúdo. Ou seja, quanto mais visualizações aquele Reels tem, maior a bonificação.
Nessa função o perfil terá 30 dias para contabilizar sua performance, como, por exemplo, a totalidade de visualizações. Ao final desse um mês, o Instagram contabiliza o desempenho de todos os vídeos postados – e não de cada vídeo isolado como costuma ser -, e quem atingir determinada meta, recebe o valor integral do bônus.
É importante lembrar que essa meta não precisa, necessariamente, ser alcançada em um único vídeo, podendo ser a soma de visualizações de vários vídeos desde que postados até o final do prazo do Reels Play.
5 – Assinaturas (ainda não está liberada no Brasil): anunciada no fim de 2021 e recém-lançada nos Estados Unidos, o serviço de assinaturas deve ser liberado de maneira global até o fim de 2023. Com esse recurso, todos os criadores de conteúdo receberão integralmente o valor pago por seus assinantes.
A proposta é que os valores recebidos variem de US$ 0,99 até US$ 99,99 por mês. Ainda sem previsão de lançamento no Brasil, um grupo de influenciadores norte-americano foi escolhido para a primeira fase de testes.
6 – Parceria paga ou conteúdo de marca: um dos primeiros recursos liberados pelo Instagram, e que segue em uso, é a parceria paga – um tipo de transação que não envolve nenhum tipo de repasse feito pelo Instagram e que tem toda a sua negociação gerada fora da plataforma.
A opção permite que marcas e criadores de conteúdo identifiquem conteúdos feitos a partir de uma parceria comercial entre as partes. A partir de uma marcação, o público sabe que determinado conteúdo ou postagem é resultado de uma parceria.
Foi esse um dos caminhos encontrados pelo Instagram para dar transparência ao conteúdo de marca e, sobretudo, gerar algum tipo de retorno financeiro pelo uso da plataforma. É possível utilizar essa opção em qualquer tipo de publicação feed, stories, live, Reels e IGTV marcando seus parceiros.
Fonte: Diário do Comércio